"Por mais que seja verdadeiro,se não é dito com amor,então não é a verdade."

Minha Canção 

Da minha CAVALARIA,
Nas lutas, estrela guia”
Que os anos lembram demais...
Oh! Quanta recordação...
Amigos e companheiros.
Corcéis e cavaleiros
“Que não se esquecem jamais.”

“Oh! Que saldades que tenho”

É dia, diz o clarim;
Apresenta-se a cavalhada
E a tropa logo montada
Já põe longe o regimento
Depressa a ganhar terreno
Em sua nova missão
Jornada da profissão
Cumprida com luzimento.

Avante, a pé, a cavalo,
Progride e atacando avança,
Combate e nunca se cansa
Na ação de que se encarrega.
Pesada lhe seja a luta,
O flanco da gente amiga, Pesada seja a refrega.

Termina a dura jornada
Regresso do Regimento
Descanso no acampamento
E, em nova faina pensar...
Montadas já bem tratadas
Cansado, aguarda soldado,
Lembrando o dia passado, o fim da lida acabar

Mas... ‘inda ouvido será
O “credo” d’Arma Ligeira;
Canção vivaz e altaneira;
Canção da “Arma de Heróis”;
Canção que anima a peleja,
Canção que a “ARMA” festeja...
CANÇÃO DA CAVALARIA!

“Silêncio”, diz o clarim...
Repouso bem merecido.
A nós, também, concedido
Sem mais voltar ao passado...
Mas... que, saudades não tem
Da nossa CAVALARIA,
“Na guerra... a ESTRELA GUIA”
Oh! ...que tempo bem lembrado...

Alvaro Cardoso, Aspirante de 1932.